domingo, 15 de julho de 2012

A lição do treino arduo.

Eu, em toda a minha infinita arrogancia, acreditei que eu era o melhor! Algo dentro de mim presumiu que eu seria o melhor de todos, afinal, eu treinei arduamente, evolui bastante...Achei que só isso seria o suficiente. Achei que isso me fazia melhor do que outros.
Foi então, que ele, como um vitorioso, entrou na arena. Eu já havia o visto antes, no vestiaria e havia trocado alguma palavras - percebi que era de uma Luz muito especial.
Ao entrar na arena ele estava pleno de si, dando o melhor que ele tinha a oferecer e era nitido que ele entrou para vencer. E venceu.
Venceu não por ter treinado arduamente, não por evoluido, não por ter presumido que foi para ganhar. Venceu por ter sido humilde em lutar apenas com oque ele tinha e nada mais, lição essa que aprendi com lágrimas nos olhos.
Em seu rosto eu vi a determinação, por mais que eu acreditei que seus movimentos não eram bons o suficiente. Em suas pernas eu vi uma firmeza e uma postura que olhos comuns não viram.
Foi então derrotado por todos os outros a quem ele estava competindo, mas ninguém percebeu que ele não estava na competição, e por isso já era o verdadeiro campeão.
E eu lá, vi, com grande ternura nos olhos do coração aquele rapaz alto, peculiar , se apresentando. Na hora me emocionei e até segurei algumas lágrimas...Mas de felicidade, de muita felicidade! De ver alguem integro consigo mesmo! Alguem cheio de si mesmo para doar.

E eu que acreditava ser de ouro, era de bronze. Que acreditei ser o primeiro, era o ultimo. Que treinei arduamente , incessantemente meu corpo para lutar e vencer, esqueci do mais imporante : coração.
Mas se eu não tivesse tão treinado tão arduo treino, não teria visto a perfeição que foi aquele momento de poucos segundos : A entrada triunfante, a demonstração exuberante e a lição iluminada que aquele rapaz me mostrou.

Na hora pensei em dar uma medalha a ele, pois ele merecia muito mais do que eu jamais mereci! Ele merecia a medalha que haviam erroneamente dado a mim. E por achar que não poderia fazer uma caridade, roubei-a para mim.

Aprendi a ser humilde com ele, aprend a ser integro com ele, me inspirei com toda a sua maravilhosa existencia!

Por me achar o primeiro, fui o último. Por estar tão cheio de si, me perdi. E por achar que a esperança havia se esvaido, a Luz encontrou meu ser.

Mas me arrependo por ter uma medalha que a mim não pertencia, me arrependo de não ter agido na hora, talvez eu nunca mais tenha a oportunidade de dar a ele oque ele merecia.
Mas se isso houvesse acontecido, será estaria eu hoje ,aqui, agora, inspirado o suficiente para escrever tão sinceras palavras?

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