sábado, 15 de dezembro de 2012

E então, solta o coração...

Solta aquela lágrima. Aquela que eu mesmo acreditei que não existia mais. Aquela lágrima de aceitação.

A lágrima da mudança, da limpeza. É então que consigo ser radiante, consigo ser eu mesmo, sentido toda aquela deliciosa tristeza que foi guardada em um embrulho lindo, cheio de dentes. E tem horas que o rio transborda, quando a chuva é muita.

Então volta o ciclo. Eu lembro claramente de ouvir a mesma música a 4 anos atrás e sentindo esta mesma sensação, esta mesma tristeza...Essa mesma perda.

Não houveram mudanças significativas, apenas lições repetidas. E digo de novo, quem leu a 4 anos atrás esse blog percebe que meu humor ainda é o mesmo. Aquela monstruosa demonstração de uma coisa que me corroe por dentro, sempre causado por que eu não sou bom em demonstrar meus sentimentos. Sou frio e agressivo, impulsivo. Uma criança. E não é a toa de que quando eu tirei minha barba eu vi essa criança...No rosto, no olhar, e nas ações.
Acho que uma criança não seria o melhor para falar sobre mim, seria mais...Infantil. Sofrendo de apego emocional, querendo as coisas do jeito dele. Sendo exatamente o oposto do que todos os grandes felizes dizem.

As vezes penso se isso não é uma maneira de eu ser a vitima.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Fim do ciclo

É então que me encontro no fim de um ciclo. Onde todas as minhas dores, todas as minhas frustrações, todas as minhas incompatibilidades com o mundo se iluminam diante de meus olhos. Fica então tudo claro, branco como a Lua, cristalino como a água.

De que adianta renunciar do mundo material, das coisas mundanas, se isolar no meio da floresta, viver em renuncia das cidades, obtuso á tudo?
A verdadeira renuncia é a auto-renuncia. Quando se renuncia a si mesmo, em prol dos demais.
Enxerguei finalmente minha propria nobreza. O sacrificio pessoal de estar aonde não quer, do jeito que não quer. Entendi minhas Ilusões.

Vi o mundo perfeito, vivo. A utopia realizada, funcional.

Mas de que adianta viver essa utopia se ela é a minha vontade? De que adianta vivenciar o meu desejo? E desde quando é ele o mais importante?

Há aquele algo a mais, que transcende a nós todos, nossos desejos, nossas aspirações. O sol existe em prol dos planetas, em prol do universo. Em que universo eu deveria existir em prol de mim mesmo? Desde quando algo se criou para se auto-satisfazer?

Finalizado então o ciclo, o ciclo biologico perfeito! É quando o macaco vai da natureza a cidade, e volta da cidade para a natureza.
Quando o sadhu vai da cidade á renuncia, e volta á cidade renunciado, para a cidade.