sábado, 8 de dezembro de 2012

Fim do ciclo

É então que me encontro no fim de um ciclo. Onde todas as minhas dores, todas as minhas frustrações, todas as minhas incompatibilidades com o mundo se iluminam diante de meus olhos. Fica então tudo claro, branco como a Lua, cristalino como a água.

De que adianta renunciar do mundo material, das coisas mundanas, se isolar no meio da floresta, viver em renuncia das cidades, obtuso á tudo?
A verdadeira renuncia é a auto-renuncia. Quando se renuncia a si mesmo, em prol dos demais.
Enxerguei finalmente minha propria nobreza. O sacrificio pessoal de estar aonde não quer, do jeito que não quer. Entendi minhas Ilusões.

Vi o mundo perfeito, vivo. A utopia realizada, funcional.

Mas de que adianta viver essa utopia se ela é a minha vontade? De que adianta vivenciar o meu desejo? E desde quando é ele o mais importante?

Há aquele algo a mais, que transcende a nós todos, nossos desejos, nossas aspirações. O sol existe em prol dos planetas, em prol do universo. Em que universo eu deveria existir em prol de mim mesmo? Desde quando algo se criou para se auto-satisfazer?

Finalizado então o ciclo, o ciclo biologico perfeito! É quando o macaco vai da natureza a cidade, e volta da cidade para a natureza.
Quando o sadhu vai da cidade á renuncia, e volta á cidade renunciado, para a cidade.

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