Solta aquela lágrima. Aquela que eu mesmo acreditei que não existia mais. Aquela lágrima de aceitação.
A lágrima da mudança, da limpeza. É então que consigo ser radiante, consigo ser eu mesmo, sentido toda aquela deliciosa tristeza que foi guardada em um embrulho lindo, cheio de dentes. E tem horas que o rio transborda, quando a chuva é muita.
Então volta o ciclo. Eu lembro claramente de ouvir a mesma música a 4 anos atrás e sentindo esta mesma sensação, esta mesma tristeza...Essa mesma perda.
Não houveram mudanças significativas, apenas lições repetidas. E digo de novo, quem leu a 4 anos atrás esse blog percebe que meu humor ainda é o mesmo. Aquela monstruosa demonstração de uma coisa que me corroe por dentro, sempre causado por que eu não sou bom em demonstrar meus sentimentos. Sou frio e agressivo, impulsivo. Uma criança. E não é a toa de que quando eu tirei minha barba eu vi essa criança...No rosto, no olhar, e nas ações.
Acho que uma criança não seria o melhor para falar sobre mim, seria mais...Infantil. Sofrendo de apego emocional, querendo as coisas do jeito dele. Sendo exatamente o oposto do que todos os grandes felizes dizem.
As vezes penso se isso não é uma maneira de eu ser a vitima.
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